sábado, 17 de abril de 2010

Amores breves de metrô

Por muito tempo ela andou por ai achando que o tal do amor não existia, que era coisa de cinema, ou só para seres elevados.
Amores breves de metrô, esses ela teve vários, mas ele sempre chegava ao fim na próxima estação, amores de uma noite só, de uma semana até.
Acreditava ser uma ponte para que os caras encontrassem um novo amor, que claro, não era ela.
Era só um ombro bom, um porto seguro pra curar a dor dos outros, mas no final das contas fechada em seu quarto com o coração aos pedaços, não tinha ninguém pra lhe dizer que tudo ia ficar bem, que o tal do amor existe sim, e que um dia ia bater a sua porta.
Sonhou que aquele cara do momento seria o tal portador da coisa boa do amor, e ele até foi, durante um mês, arriscando dois meses, ele a fez feliz, mas depois chegou a hora de ir embora, a hora de dizer que ela não era o que ele esperava, era boa demais para ser verdade, era inteligente, extrovertida, sexy até, mas que ele estava em "outra fase", oras, ela pensou: - E agora homem também tem fases?Pensei que era só a lua.
Pois é, e lá ia ela ajuntar todos os pedacinhos de seu coração, se refazer da mágoa, dos sonhos perdidos, tentar conviver com a idéia de outro amor frustrado.
Mas o bom de tudo isso, é que com o tempo ela criou uma certa "imunidade", não sofre mais por coisas atoas, não se encanta mais por qualquer sorriso bonito ou por qualquer individuo que abra a porta do carro. O bom, é que agora ela só vai amar se for de verdade...o bom é que apesar de tudo, ela ainda acredita no tal do AMOR!

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